Ativos Digitais Criptografados: O que mudou com a regulação no Brasil?

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O marco regulatório das negociações com Ativos Digitais Criptografados (Lei nº 14.478/2022) entrou em vigor no dia 20 de junho de 2023. No dia 13 do mesmo mês, o Decreto nº 11.563/2023 definiu que o Banco Central do Brasil (Bacen) será a autoridade a exercer a fiscalização e estabelecer os parâmetros de funcionamento das empresas que prestam serviços com tais ativos. No entanto, resta a questão de saber o que isso muda de fato para o mercado e para os usuários.

A primeira coisa que há de se ter em mente é que até 2024 tudo deve permanecer igual. O fato é que o Bacen ainda irá regulamentar a matéria com a devida calma. A autarquia afirmou, portanto, que deve de abrir uma consulta pública até o final deste ano de 2023.

Enquanto o Bacen não define os pormenores, vamos nos ater aos detalhes da regulação. Vale considerar que a Lei nº 14.478/2022 não regula o Bitcoin e outros Ativos Digitais Criptografados.

Essa norma cuida tão somente acerca do funcionamento das empresas que atuam no mercado custodiando ou negociando tais ativos. Nesse sentido, o art. 5º traz que a “prestadora de serviços de ativos virtuais” deve ser pessoa jurídica que preste tais serviços em nome de terceiros.  Esse dispositivo, portanto, exclui as transações entre pessoas físicas sem intermediários ou entre pessoas jurídicas em nome próprio.

Ativos Digitais Criptografados sob o olhar do Bacen

Outro ponto é que o funcionamento e a fiscalização sobre a atuação destas empresas se dariam por ente ou órgão da Administração Pública Federal a ser indicado por Ato do Poder Executivo.

Isso sucedeu com o Decreto nº 11.563/2023. Esse ato normativo conferiu as novas competências para o Bacen. Essa autarquia é que irá “autorizar e supervisionar as prestadoras de serviços de ativos virtuais” bem como regulamentar a prestação de serviços com os Ativos Digitais Criptografados. Há, porém, a necessidade ainda de o Bacen estabelecer as diretrizes para que a regulação possa de fato ter efeito em sua inteireza.

Sobre isso, essa autarquia especial federal emitiu, em 21 de junho de 2023, uma nota afirmando que “a regulamentação está em construção”. O Bacen pretende “fazer uma consulta pública para ouvir a sociedade antes de divulgar a regra definitiva” e isso só está previsto para ser concluído em 2024.

Diferença entre Ativos Digitais Criptografados e Ativos Virtuais

Antes de adentar nos pormenores do campo regulatório, cabe elucidar o porquê da escolha da nomenclatura “Ativos Digitais Criptografados” feita aqui pelo autor ao invés de “Ativos Virtuais” conforme consta na Lei nº 14.478/2022. Por entender que “Ativos Virtuais” é um termo muito amplo, o qual pode abranger quaisquer ativos surgidos de forma digital ou os analógicos que são convertidos eletronicamente para comporem a uma realidade virtual.

A diferença entre “virtual” e “digital” se remete ao fato de o primeiro ser gênero o qual inclui o segundo (digital). E, por que “criptografado”? A questão aqui é apenas demonstrar que se trata de ativos surgidos no meio digital protegidos por uma determinada criptografia.

Assim, o termo Ativos Digitais Criptografados abarca as espécies criptoativos como Bitcoin, Ether (aqueles sem lastro em outros ativos); as stablecoins como USDCOIN e Tether (com lastro em outros ativos como por ex. moeda fiduciária) e as NFT (Non-Fungible Token).

Entretanto, não se elegeu o termo Ativos Virtuais (“Virtual Assets”) por acaso. Essa é a nomenclatura utilizada pelo GAFI/FATF (“Groupe D’Action Financière/ Financial Action Task Force”) Isso demonstra que a regulação se encontra afinada com entidades de governança cosmopolita trazendo já um “standard” global[1]. Mas, peca por tratar-se de um termo guarda-chuva.

Solução para os Ativos Digitais Criptografados

A Lei nº 14.478/2022 traz o termo abrangente “Ativos Virtuais”. Ela, contudo, estabeleceu parâmetros a fim de que a regulação não abarcasse tudo quanto é ativo negociado em ambiente virtual. O art. 3º menciona no “caput” que será considerado “ativo virtual” a representação digital de valor “que pode ser negociada ou transferida por meios eletrônicos e utilizada para realização de pagamentos ou com propósito de investimento”.

No termo “representação digital de valor que pode ser negociada ou transferida por meios eletrônicos e utilizada para realização de pagamentos” pode se ter além dos Ativos Digitais Criptografados, as moedas eletrônicas tais como PayPal e Google Pay. Nessa mesma toada, portanto, haveria ainda a possibilidade de incluir as Central Bank Digital Currencies (CBDC).

A solução foi de, no mesmo art. 3º, excluir desse rol de “ativos virtuais” as moedas fiduciárias, sejam elas nacionais ou estrangeiras (inciso I) e tampouco as moedas eletrônicas (inciso II).

O inciso III deste artigo afastou a incidência da regulação aos programas de pontos e recompensas. Isso portanto corrigiu um equívoco que o primeiro projeto de lei para regular os Ativos Digitais Criptografados trazia. O PL nº 2.303/2015 buscava tratar Bitcoin e milhas aéreas como se fossem a mesma coisa.

A  Lei também evitou a confusão de representação digital de valor “com propósito de investimento” trazer a ideia de valores mobiliários.  Nesse sentido, o inciso IV afastou a possibilidade de a Lei nº 14.478/2022 regular as “representações de ativos cuja emissão, escrituração, negociação ou liquidação esteja prevista em lei ou regulamento, a exemplo de valores mobiliários e de ativos financeiros”. Isso, aliás, se coaduna ao que consta no art. 1º, parágrafo único, desta Lei, pelo qual fica esclarecido que quando o uso de tais ativos for representativo de valor mobiliário, caberá a incidência da Lei nº 6.385/1976.

Competências da CVM

Em outras palavras, o que consta no art. 2º da Lei de Valores Mobiliários continua valendo. Assim, se um contrato futuro ou derivativo lastreado em quaisquer ativos (conforme consta no art. 2º, inciso VIII, da Lei nº 6.385/1976), ainda que sejam Ativos Digitais Criptografados, se estará diante de valor mobiliário.

O mesmo raciocínio vale para uma “Initial Coin Offering” (ICO) que se amolde à um Contrato de Investimento Coletivo. Basta que a ICO preencha os requisitos trazidos no art. 2º, inciso IX, da Lei nº 6.385/1976, ou seja, captação de recursos de investidores com promessa de retorno financeiro por meio de esforços de terceiros ou do próprio empreendedor.

Nesses casos, a oferta pública de tais investimentos dependerá de dispensa ou registro junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como era antes mesmo do implemento da Lei nº 14.478/2022. Isso denota que nada mudou quanto a competência da CVM. Além da própria lei, o Decreto nº 11.563/2023 reforça essa ideia ao estabelecer no art. 3º, inciso I, que o disposto neste decreto “não se aplica aos ativos representativos de valores mobiliários sujeitos ao regime da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976” e muito menos muda as competências da CVM, conforme consta no art. 3º, inciso II, alínea “a”, do referido decreto.

Quanto a esse ponto, portanto, de um token poder ou não ser interpretado como valor mobiliário, cabível a leitura do Parecer de Orientação nº 40 emitido pela CVM em outubro de 2022. Tal documento prevê a possibilidade de Stablecoins e NFTs (espécies de Ativos Digitais Criptografados) poderem ser interpretados como “Security Tokens”. Esse Parecer da CVM, ainda acabou por definir que não apenas as ICOs seriam interpretadas como Contrato de Investimento Coletivo e que pode haver tokens representativos de ações, debêntures e outras espécies de Valores Mobiliários.

Competências do Banco Central

Compete ao Bacen tratar temas ligados ao Sistema Financeiro Nacional (SFN). Entre essas atribuições estão a emissão de moedas fiduciárias, conforme consta no art. 10 da Lei nº 4.595/1964. Ainda, o art. 164 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 deixou claro que a emissão de moedas fiduciárias é de competência exclusiva dessa Autarquia Especial Federal.

Vale elucidar que além do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Bacen, as instituições financeiras compõem o SFN . E, essas, de acordo com o art. 10, inciso X, da Lei nº 4.595/1964 dependem da autorização do Bacen para atuarem no Brasil.

Compete também ao Bacen a regulamentação sobre o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e isso inclui os arranjos de pagamentos no Brasil. O conteúdo do art. 6º da Lei nº 12.865/2013. Esse dispositivo traz em seus incisos as definições tanto para arranjo de pagamento (inciso I) quanto para as instituições de pagamento (inciso III) que compõem o SPB.

Classifica-se o primeiro como “conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de determinado serviço de pagamento ao público aceito por mais de um recebedor, mediante acesso direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores”.  Já uma instituição de pagamento necessita de ser pessoa jurídica que adira a um ou mais arranjos de pagamento. Ela precisa de ter como atividade principal ou acessória, alternativa ou cumulativamente: converter moeda física ou escritural em moeda eletrônica, ou vice-versa, credenciar a aceitação ou gerir o uso de moeda eletrônica. Há ainda outras funções elencadas nas alíneas trazidas no art. 6º, inciso III, da Lei nº 12.865/2013.

Mas o que isso tem a ver com a regulação de empresas que negociam e custodiam Ativos Digitais Criptografados? A resposta é simples: Tudo.

Bacen regulamentando a Criptoeconomia

A Lei nº 14.478/2023, conforme já mencionado, afastou a sua incidência em que Ativos Digitais Criptografados representem valor de moeda fiduciária. Desta forma, não regula em coisa alguma as CBDCs. Essa Lei também afastou possível confusão com as chamadas moedas eletrônicas e aqui cabe, portanto, um comentário relacionando esta regulação à lei de Sistema de Pagamentos Brasileiros.

O art. 6º, inciso VI, da Lei nº 12.865/2013, menciona que moeda eletrônica são “recursos armazenados em dispositivo ou sistema eletrônico que permitem ao usuário final efetuar transação de pagamento”. Havia confusão entre os termos “moedas virtuais” (associadas aos criptoativos como Bitcoin) e “moedas eletrônicas”, as quais são emitidas por empresas como Google Pay ou PayPal. O Banco Central, portanto, achou por bem, ainda em 2014, expedir o Comunicado nº 25.306/2014 diferenciando tais ativos.

O Bacen afirmou por meio dessa normativa que “as chamadas moedas virtuais” são denominadas como “unidade de conta distinta das moedas emitidas por governos soberanos”.

Por esse motivo, diferentemente das moedas eletrônicas, “não se caracterizam dispositivo ou sistema eletrônico para armazenamento em reais”. Consoante a essa interpretação dada pela autarquia, se deduz que os Ativos Digitais Criptografados não são espécie de arranjo de pagamento e, consequentemente, não integram o SPB.

Bancos autorizados

Por outro lado, independentemente da regulação do Bacen acerca do funcionamento das empresas cripto, o art. 8º da Lei 14.478/2022 deixou claro que os bancos e demais instituições de pagamento autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil podem prestar exclusivamente o chamado “serviço de ativos virtuais ou cumulá-lo com outras atividades”.

Na segunda parte deste dispositivo, há o quesito “na forma da regulamentação a ser editada por órgão ou entidade da Administração Pública federal indicada em ato do Poder Executivo federal”. Esse ponto não parece impedir a atuação das instituições financeiras como prestadores de serviço em Ativos Digitais Criptografados — ou “ativos virtuais”, conforme consta na lei.

Se fosse desta maneira bancos digitais como Nubank não poderiam mais fazer negociação de Bitcoin e Ether ou bancos grandes e tradicionais como o Itaú não estariam prejudicados em dar prosseguimento a projetos em serviços com tais ativos. Aqui não se inclui o caso do banco Inter pelo fato de tratar-se de investimento indireto por meio da B3 Digitas, serviço que mais se assemelha a valores mobiliários.

Regras já em vigor pela regulação

O Bacen ainda não definiu as diretrizes para o funcionamento das empresas que atuam no setor cripto. Isso, porém, não fez com que a Lei nº 14.478/2022 deixasse de vigorar em alguns aspectos. A primeira delas é atinente à proteção ao Consumidor. Todas as operações com Ativos Digitais Criptografados, portanto, devem obedecer no que couber ao disposto no Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990). Outra mudança foi a equiparação de empresas que prestam serviços em Ativos Digitais Criptografados às instituições financeiras nos termos da Lei nº 7.492/1986.

Não obstante, o cometimento de crimes com tais ativos passou a ser tratado de forma mais dura. A Lei nº 14.478/2022 criou um tipo penal para fraudes com tais ativos e inseriu ao Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848/1940) o art. 171-A. Nesse dispositivo consta que quem “Organizar, gerir, ofertar ou distribuir carteiras ou intermediar operações que envolvam ativos virtuais” com o intuito de obter vantagem ilícita, em prejuízo alheio usando para tanto qualquer forma fraudulenta pode ser punido com pena de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

Vale considerar, portanto, que a pena de reclusão entre 4 e 8 anos, nos termos do art. 33, parágrafo 2º, alínea “b”, do Código Penal, deve ser cumprida inicialmente em regime aberto. Outro ponto é que a regulação trouxe pena cumulativa de multa e não alternativa.

Informações ao COAF

A Lavagem de dinheiro com uso de Ativos Digitais Criptografados também foi preocupação do legislador. A regulação previu o aumento de um terço a dois terços para os crimes definidos na Lei nº 9.613/1998. Basta, portanto, que sejam “cometidos de forma reiterada, por intermédio de organização criminosa ou por meio da utilização de ativo virtual”.

As “prestadoras de serviços de ativos virtuais” ainda terão de manter registro de toda transação em “ativos virtuais” que ultrapassem limite fixado pela autoridade competente. E, consequentemente, informar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em 24 horas as operações suspeitas de crime de lavagem de dinheiro. E isso tudo sem que haja conhecimento da pessoa que fez a transação, nos termos da Lei nº 14.478/2022.

[1] BRANCO, Luiza Szczerbacki Castello; GIORDANO, Gabriel B. Pillar; SOUZA, Alexandre Magno Antunes de. Marco de Regulação de Ativos Digitais Criptografados no Brasil e o Direito Administrativo Global. In.: SADDY, André (Coord.). Direito Administrativo Cosmopolita. Rio de Janeiro: CEEJ, 2023.



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Binance lista nova criptomoeda, que dispara 50%

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Após a Binance anunciar a listagem da Neutron (NTRN) nesta terça-feira (10), a criptomoeda valorizou 50% em poucos minutos, saltando de US$ 0,36 para US$ 0,54. No momento desta redação, a Neutron está sendo negociada por US$ 0,41.

Além da visibilidade que a Binance trouxe ao projeto, outro ponto que explica a alta é a nova liquidez da criptomoeda. Segundo dados do CoinMarketCap, o volume diário da NTRN aumento 21.500%, podendo atrair investidores maiores.

Neutron (NTRN) dispara após listagem na Binance. Fonte: CoinMarketCap.
Neutron (NTRN) dispara após listagem na Binance. Fonte: CoinMarketCap.

Outra criptomoeda beneficiada pela Binance nesta terça-feira foi a Stratis (STRAX). Após a corretora anunciar que o projeto será negociado na Binance Futures, a STRAX valorizou 17%, acumulando ganhos de 66% na última semana.

Binance anuncia chegada da Neutron no Launchpool

Além da listagem da Neutron (NTRN), a Binance também anunciou que o projeto estará disponível no Launchpool. Em suma, usuários podem travar suas Binance Coin (BNB), TrueUSD (TUSD) e First Digital USD (FDUSD) para receber NTRN em retorno.

No total, serão disponibilizados 20.000.000 NTRN (cerca de R$ 40 milhões na cotação atual) entre esta quarta-feira (11) e a última segunda-feira de outubro, dia 30.

“Apresentando a Neutron (NTRN) na Binance Launchpool! Farme NTRN fazendo stake de BNB, TUSD e FDUSD.”

Segundo o próprio site da Neutron, o projeto é uma plataforma de smart-contracting entre-blockchains, permitindo que desenvolvedores expandam seus aplicativos descentralizados (dApps) para diversas redes, sem precisar implementar ou manter diversas versões de seus protocolos.

Os detalhes sobre o Launchpool podem ser encontrados no site da corretora. Quanto a listagem da criptomoeda, a Neutron (NTRN) estará disponível inicialmente nos pares NTRN/BTC, NTRN/USDT e NTRN/BNB.

Stratis (STRAX) também salta com listagem da Binance

No mercado desde 2016, a criptomoeda Stratis (STRAX) já passou por uma grande valorização em 2017, mas voltou a cair nos anos seguintes. Com a notícia de que a Binance estará disponibilizando a negociação da STRAX em seu mercado de futuros, o projeto voltou a subir.

Na semana, a STRAX acumula ganhos de 66%, sendo a segunda criptomoeda do top500 do CoinMarketCap com os maiores ganhos semanais.

Por fim, enquanto o Bitcoin segue estável nos US$ 27.500, alguns projetos se destacam com ganhos inesperados. Já outros não estão com tanta sorte, por exemplo, a memecoin HarryPotterObamaSonic10Inu perdeu 27% de seu valor no mesmo período.



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Bitcoin começa semana em queda após início de guerra entre Israel e Hamas

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Negociado a US$ 27.500, o Bitcoin inicia a segunda semana de outubro em baixa de 1,4%, acompanhando a queda das ações americanas após o início da guerra entre Israel e Hamas. Em seus primeiros dias, o conflito já gerou a morte de mais de 1.300 pessoas.

Em fevereiro, o Bitcoin chegou a cair 3% no primeiro dia da guerra entre Rússia e Ucrânia. As perdas se estenderam por duas semanas, atingindo uma desvalorização de 18% antes do ativo apresentar uma recuperação.

Outras criptomoedas também acompanham o movimento do Bitcoin nesta segunda-feira (9). Ethereum, segunda maior do mercado, opera em queda de 2,5%. Ripple (XRP), Solana (SOL) e Dogecoin (DOGE) apresentam desempenhos ainda piores, com quedas de 3,9%, 4,4% e 3,7%, respectivamente.

Ações e criptomoedas em queda, petróleo e ouro em alta

Enquanto ações e criptomoedas operam em baixa, petróleo e ouro vão à contramão dessa tendência. Tido como ativo de proteção, o ouro está sendo negociado por US$ 1.852, apresentando uma alta de 1,79% em relação ao seu preço da sexta-feira (6).

Já o petróleo leve bruto iniciou a semana com alta de 4,8% devido ao conflito entre Israel e Hamas, podendo encarecer o preço de outros produtos em todo o mundo.

Índices americanos refletem essa preocupação do mercado. S&P500, que reúne as 500 maiores empresas dos EUA, inicia a semana em baixa de 0,25%. Já o índice Dow Jones Industrial (DJI) amanhece em queda de 0,14%, assim como o Nasdaq Composite, em queda de 0,58%.

Analista prevê semana volátil para o Bitcoin, mas acredita em alta

Michaël van de Poppe, famoso analista do mercado, está confiante de que o Bitcoin pode se beneficiar dos conflitos armados após um breve momento de estresse, podendo atingir uma nova máxima mensal. De qualquer forma, mostrou-se contra a guerra em Israel.

“Perspectiva do mercado, será uma semana volátil”, escreveu van de Poppe. “Minha ideia é que o Bitcoin continuará subindo e potencialmente alcançará US$ 30 mil à medida que a incerteza mundial aumenta. Pare a guerra.”

Por fim, ainda é cedo para entender quais serão as consequências para o Bitcoin em relação a mais uma guerra. Apesar de ser chamado de “ouro digital”, no momento a criptomoeda está acompanhando a queda do mercado de ações, tendo um desempenho oposto ao do metal.



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Criador do ChatGPT alerta que governo americano quer controlar o Bitcoin

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Sam Altman
Sam Altman

O criador do ChatGPT e pioneiro da Inteligência Artificial (IA), Sam Altman, falou recentemente o que pensa sobre as criptomoedas e o Bitcoin, manifestando preocupação com a postura do governo americano em relação ao setor.

Durante sua participação no podcast de Joe Rogan no último sábado (7), Altman criticou as recentes ações do governo dos EUA e sua abordagem em relação ao Bitcoin, interpretando-a como um esforço para controlar uma moeda global que está fora de sua jurisdição direta.

Sam Altman também expressou preocupação com o potencial das moedas digitais de bancos centrais (CBDCs), como do Drex e o Dólar digital, para ampliar o alcance da vigilância governamental.

Ele se mostrou particularmente receoso quanto à possibilidade de que essas moedas digitais permitam ao governo restringir o poder de compra dos cidadãos.

Ao falar sobre Bitcoin diretamente, Altman manteve uma postura otimista e positiva, chamando a moeda digital de um “avanço tecnológico significativo” e um “passo na direção a uma moeda global”.

“Estou entusiasmado com o Bitcoin também… esta ideia de que temos uma moeda global que está fora do controle de qualquer governo é um passo super lógico e importante.”

Durante a entrevista, Joe Rogan também expressou apoio ao Bitcoin, concordando que ele tem um forte potencial para se tornar uma moeda aceita universalmente.

“Guerra total”

Sam Altman alertou que o governo dos EUA está travando uma “guerra” contra as criptomoedas e quer “controlar” o bitcoin. Segundo ele, o governo americano não quer desistir de controlar as moedas digitais.

“Estou desapontado com o que o governo dos EUA fez recentemente, mas a guerra contra as criptomoedas, que eu acho que é, tipo, ‘não podemos desistir disso, vamos controlar [bitcoin e criptomoedas]’, me deixa muito triste sobre o país”, disse Altman.

A indústria de criptomoedas nos EUA, vale lembrar, tem enfrentado medidas rigorosas, com o governo implementando regulamentações e regras fiscais mais estritas. Tais medidas levaram a uma desaceleração na valorização do Bitcoin em 2023.

Apesar desse cenário, especialistas no mercado financeiro preveem um forte ressurgimento no valor do Bitcoin no próximo ano, coincidindo com o aguardado evento de halving.

CBDCs

Legisladores e reguladores dos EUA querem introduzir uma CBDC baseado no dólar. No entanto, Jerome Powell, presidente do banco central americano (Fed), reiterou que essa proposta ainda está longe de se tornar realidade.

Sobre as moedas digitais de bancos centrais, Altman afirmou que esá “muito preocupado com o quão longe o estado de vigilância pode ir”, referindo-se ao controle estatal sobre o dinheiro e acrescentando que é “super contra” as moedas digitais do banco central (CBDCs).

Por fim, Altman enfrentou críticas devido à sua associação com o projeto Worldcoin. Apesar de afirmar que tem papel limitado como consultor e investidor, a iniciativa de coletar dados biométricos de indivíduos em troca de criptomoedas levantou preocupações sobre privacidade e segurança.

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Thiago Finch diz que não é fã do Bitcoin: “Muito arriscado”

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Reconhecido no Brasil como uma das personalidades mais influentes no mercado de marketing digital, Thiago Finch, também conhecido como ‘Nômade Milionário’, abriu o jogo sobre o que pensa a respeito do Bitcoin.

Finch é conhecido nas redes sociais como um milionário que ostenta uma vida de luxo que qualquer pessoa gostaria de ter, constantemente respondendo seus mais de 2.5 milhões de seguidores que pedem dicas de como ganhar dinheiro na internet.

O empresário também ganhou as manchetes no início deste ano, quando viralizou nas redes sociais após fazer drift com um Camaro Vermelho de madrugada no centro de Belo Horizonte (MG).

Além de compartilhar conselhos sobre investimentos, finanças e desenvolvimento pessoal, Finch também vende o curso “Nômade Milionário”, que promete ser uma espécie de passo a passo para obter altos lucros com negócios digitais.

O curso, diz a descrição, é focado principalmente em ensinar uma pessoa a criar e vender produtos na Internet.

“Não sou fã do Bitcoin”, diz Thiago Finch

Participando do podcast Inteligência LTDA, Thiago Finch falou sobre vários assuntos, desde sua infância, seu amor por coleções de carros e até investimentos. Foi aí que ele revelou seu ponto de vista sobre o Bitcoin.

Começando com um tom conciliatório, Finch disse: “Desculpa aí ao pessoal do Bitcoin, desculpa aí pessoal de carteira eletrônica esse tipo de coisa, mas cara, eu não sou fã. […] quando eu vejo uma moeda valer X reais em um dia e no dia seguinte tem uma queda da metade do seu valor, eu posso estudar isso, mas nunca vou tratar isso como meu negócio principal.”

“Sei que muita gente acredita que isso pode ser a nova grande próxima mega hiper motherf*cker tendência do século 22,…. F*dA-s*EE.”

Finch argumentou que conhece pessoas que ficaram milionárias com Bitcoin, mas tiveram que estudar de 12 a 14 horas por dia, o que ele considera inviável.

“Eu não vou estudar 12 horas por dia por uma coisa que pode levar metade da minha grana da noite pro dia, sinto muito, mas não vou.”

O milionário, no entanto, reconheceu a oportunidade perdida, afirmando que se pudesse voltar no tempo, compraria Bitcoin:

“Não tenho Bitcoin. Mas se eu pudesse voltar no tempo, eu comprava” afirmou, acrescentando que aqueles que consideram investir em criptomoedas: “sempre coloquem uma grana que sabem que podem perder.”

“Eu não gosto de investimentos que tem esse nível de variação, cara, sinto muito, foi mal. Depois falam que o que eu faço é arriscado. Tem gente que fica investindo em Bitcoin, tem que tomar muito cuidado porque minha recomendação para você que entra em mercados de alto risco como esse. E tem risco, sim, não adianta falar que não tem, mesmo que você acabe estudando muito a depender da sua grana, sempre coloque uma grana que você sabe que possa perder, beleza? … Essa é a recomendação que eu te dou para moedas virtuais.”

“Meu computador minera bitcoin”

Por fim, demonstrando conhecimento limitado sobre a moeda digital, em determinado momento do vídeo ele sugere que teria um computador com uma placa de vídeo super potente que conseguiria minerar Bitcoin.

“Bitcoin para mim que é uma maravilha nesse computador”, disse ele, sugerindo que seu computador seria bom para minerar bitcoin. “Deitado ainda, deitado fica show”.

Nos dias atuais, no entanto, dada a evolução e capacidade dos equipamentos de mineração ASICs (Circuitos Integrados de Aplicação Específica), somado ao hashrate e dificuldade de mineração do Bitcoin, seria inviável minerar bitcoin com qualquer placa de vídeo.

Computador Thiago Finch (Imagem: Reprodução)
Computador Thiago Finch (Imagem: Reprodução)



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Arthur Hayes vê grande bolha no setor de IA e revela criptomoeda mais promissora

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Arthur Hayes, fundador da BitMex, acredita que o mundo verá seu maior mercado de alta nos próximos anos. Recentemente, o bilionário afirmou que o Bitcoin chegará a R$ 5 milhões por unidade, e que ações de empresas também chegarão a preços ridículos.

Já em um longo texto compartilhado nesta quinta-feira (5), Hayes elabora uma tese sobre onde colocar dinheiro para coletar esses possíveis ganhos. Um dos setores abordados foi o de Inteligência Artificial (IA), provavelmente o mais falado do momento.

Embora aponte que tal setor captará muito dinheiro, o bilionário não acredita que isso será rentável para os investidores.

“Só porque o capital irá jorrar para as empresas de IA não significa que será fácil ganhar dinheiro como investidor”, comenta Hayes em seu blog. “Muito pelo contrário, na verdade, a grande maioria deste dinheiro será desperdiçada em empresas que não conseguem criar um produto com clientes pagantes.”

“O problema com a IA é que existem muito poucos modelos de negócios que podemos imaginar hoje que tenham um fosso protetor.”

Financiamento de capital e negócios divulgados no setor de Inteligência Artificial. Fonte: Reprodução.
Financiamento de capital e negócios divulgados no setor de Inteligência Artificial. Fonte: Reprodução.

Como comparação, Hayes comenta que grande parte do dinheiro impresso em 2008 fluiu para startups de economia compartilhada, mídias sociais e anúncios na web 2.0. Já em 1920, logo após a Primeira Guerra Mundial, a grana acabou em tecnologias novas, como rádios.

A tese de Arthur Hayes

Assim como todo grande investidor, Arthur Hayes possui uma tese que não abandona. Em seu caso, o bilionário acredita que a economia de diversos países está em risco de colapso e os Bancos Centrais dos EUA, China, Japão e Europeu imprimirão mais dinheiro para salvar seus mercados de títulos.

“Muitos leitores comentaram nas redes sociais que tenho dito a mesma coisa desde o fim do último mercado de alta e que estive completamente errado”, reconhece Hayes. “Isso é verdade, mas não faço trades com velas de um minuto ou mesmo de uma hora. Eu negocio ciclos e estou focado no ciclo 2023–2026.”

“Como tal, não tenho problema em estar errado agora, desde que esteja certo mais tarde.”

Proporção entre a dívida pública global e o PIB. Fonte: Reprodução.
Proporção entre a dívida pública global e o PIB. Fonte: Reprodução.

Seguindo seu texto, Hayes faz uma longa menção sobre as consequências do fim da Segunda Guerra Mundial, notando que, desde então, os EUA estão imprimindo muito dinheiro para comprar bens e serviços de outros países.

“Este gráfico é a chave para compreender a estrutura econômica que os EUA criaram após a Segunda Guerra Mundial.”

“Japão, China e Alemanha foram autorizados a exportar o seu caminho para a recuperação após a guerra”, comenta Hayes. “Enquanto estes países se comportassem bem, os EUA concordaram em absorver os seus bens — e subsequentemente, os seus excedentes — sob a forma de investimentos financeiros.”

EUA é o país que mais tem gasto dinheiro, enquanto outros acumulam. Fonte: Reprodução.
EUA é o país que mais tem gasto dinheiro, enquanto outros acumulam. Fonte: Reprodução.

Como consequência, o bilionário nota que esse mercado já está saturado, mas que nenhum governo está interessado em gerar desemprego e falências. Portanto, espera que mais dinheiro será jogado para empresas industriais com créditos baratos.

Outro ponto mencionado em seu texto foi a dívida pública americana. Segundo Hayes, há uma bolha de títulos pronta para estourar em 2026 e investidores possuem trilhões em perdas não-realizadas.

“Escolhi 2026 como data final porque o perfil de maturidade médio dos EUA, o maior devedor e líder deste sistema econômico, é de cerca de 3 anos.”

Arthur Hayes acredita que uma criptomoeda poderá voltar ao seu topo histórico após queda de 99%

Embora não acredite que todo investimento no setor de Inteligência Artificial vá ter bons retornos, Arthur Hayes aponta que uma criptomoeda pode surpreender no futuro por estar ligada a essa indústria.

“Como não tenho ideia de quais modelos de negócios de IA terão sucesso, quero investir nas coisas que sei que a IA dependerá para funcionar — ou seja, seus grupos alimentares”, comenta Hayes. “Ou preciso investir de alguma forma em poder de computação, ou preciso investir em armazenamento de dados em nuvem.”

“Isso me leva a investimentos em armazenamento de dados. O maior projeto descentralizado de armazenamento de dados em capacidade de armazenamento e total de bytes de dados armazenados é a Filecoin (FIL).”

Filecoin (FIL) continua sendo o maior projeto descentralizado de armazenamento de dados. Fonte: Reprodução.
Filecoin (FIL) continua sendo o maior projeto descentralizado de armazenamento de dados. Fonte: Reprodução.

Explicando que as inteligências artificiais precisam de dados para trabalhar, o bilionário lembra que a Filecoin já despencou 99% nos últimos anos, valendo US$ 3,31, mas agora tem uma chance de voltar a seu topo histórico de US$ 237.

“Investir depois que os múltiplos sofrem uma derrota é sempre a melhor prática. Imagine se a relação Preço/Capacidade recuperasse apenas 25% de onde estava em abril de 2021, para US$ 4,86 por EiB (exbibyte), o preço subiria para US$ 59,29, quase 17x acima dos níveis atuais.”

Citando serviços centralizados de armazenamento, como da Amazon, Hayes nota que o setor de IA precisa de uma base de dados resistênte a censura. Portanto, isso explica sua escolha da Filecoin ao invés das ações de uma grande empresa.

Por fim, o bilionário acredita que os próximos anos serão ótimos para quem quiser ganhar dinheiro e que cada investidor deve reconhecer e aproveitar as oportunidades no setor em que atua. O texto completo pode ser lido em seu blog oficial.



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Esposa do Faraó dos bitcoins indica livro sobre “ética” aos seguidores

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Foragida do Brasil após o golpe com seu marido “faraó dos bitcoins”, Mirelis Dias Zerpa recomendou aos seus seguidores um livro sobre ética.

A recomendação do livro foi o “Admirável Mundo Novo”, uma distopia romântica publicada em 1932 por Aldous Huxley, que apresenta um mundo cruel e tirano. Ao lado da obra “1984” de George Orwell, a obra de Huxley teve profundos impactos do clima de guerra na Europa da década de 1930.

No Brasil, Mirelis é suspeita e investigada por chefiar a maior pirâmide financeira dos últimos anos, a utilizar da imagem do bitcoin. Ela e seu marido captaram 38 bilhões de reais de seus clientes, mas ela conseguiu fugir antes dele e não foi presa ainda.

Em nova publicação, esposa do faraó dos bitcoins indica livro sobre “ética”

Ética é uma palavra complicada no dicionário da venezuelana Mirelis Zerpa, que ignora e praticamente brinca com os investidores da GAS Consultoria nos últimos meses.

Além de divulgar um livro sobre ética em suas redes sociais, ela fez uma live ignorando o fato de sua empresa estar no centro do maior escândalo financeiro do Brasil. Ela divulga suas músicas criadas com inteligência artificial, e fotos geradas por IA diariamente, ignorando os problemas dos investidores que lhe confiaram o dinheiro de toda uma vida.

Na última quarta-feira (4), por exemplo, Mirelis abriu uma live em seu Instagram para falar de arte e música, e muitos seguidores lhe cobraram seus investimentos em comentários, como divulgado pelo G1 Rio de Janeiro. Ela mais uma vez fingiu não ver os lamentos das vítimas de sua empresa e continuou normalmente falando dos novos projetos.

Ao divulgar o livro que advogada contra as pessoas enganadas, Mirelis protagonizou mais um plot twist em sua carreira de possível estelionatária, ao falar sobre ética, após dar um calote bilionário.

Qual a ética do golpe?

A ética desafia as pessoas a refletirem sobre suas ações e escolhas, considerando os impactos sobre os outros e a sociedade. Ela ajuda a promover valores como respeito, justiça, empatia e responsabilidade.

Mas no caso de Mirelis, não está claro o que ela pensa de ética, visto que além de sumir com o dinheiro de investidores, tem torrado dinheiro para divulgar músicas desagradáveis aos ouvidos e artes com sua imagem própria em suas redes sociais.

Seu marido faraó dos bitcoins, enquanto isso, segue preso no sistema federal brasileiro e respondendo pelos crimes de golpe e assassinato de concorrentes.



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CVM multa ‘Rei do Bitcoin’ por fraude de R$ 48 milhões

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A Comissão de Valores Mobiliários do Brasil julgou, na última terça-feira (3), os crimes cometidos por Cláudio Oliveira, seu sócio e duas de suas empresas. Conhecido como “Rei do Bitcoin”, ele recebeu uma multa da CVM de nove milhões e duzentos e cinquenta mil reais.

Já o seu sócio Johnny Pablo Santos foi multado em um milhão e oitocentos e cinquenta mil reais. As empresas “Bitcurrency Moedas Digitais S.A” e “CLO Participações S.A” receberam mais uma multa de R$ 18,5 milhões.

Com isso, a multa total aos criminosos do sistema financeiro nacional receberam uma multa de R$ 48 milhões, por ofertas de produtos sem registro.

O diretor da CVM e relator do caso, João Accioly, divulgou seu voto que acabou sendo acatado pela maioria.

“Assim, voto pela condenação dos acusados, pela realização de oferta de valores mobiliários sem a obtenção do prévio registro perante a CVM nem sua dispensa, em  infração ao art. 19, caput, e §5º, inciso I, da Lei nº 6.385/1976, e aos artigos 2º e 4º da Instrução CVM nº 400/2003 às penalidades de multas pecuniárias.”

Multa da CVM contra Rei do Bitcoin contou com aumento devido a fatos agravantes

Na visão dos membros da CVM, vários fatos agravaram os crimes cometidos por Cláudio Oliveira, seu sócio e suas empresas.

Dentre eles, a “prática reiterada da conduta irregular”, o elevado prejuízo causado aos investidores da empresa, e a expressiva vantagem auferida pelos infratores foram considerados. Além disso, com a existência de dano a imagem do mercado de valores mobiliários elevou a multa em 25% cada.

Apesar dos agravantes, a CVM analisou como atenuantes aos golpistas o fato de eles terem bons antecedentes, o que diminuiu em 15% o valor da multa final.

Crime que chocou o Brasil

A análise da comissão começou em 2019, quando os primeiros indícios de fraudes começaram com a queda do Grupo Bitcoin Banco. Com sua sede em Curitiba, se apresentando como uma corretora de criptomoedas, as empresas ofereciam também produtos de investimentos em todo o Brasil.

E o crime chocou o Brasil, visto que o líder do esquema, Cláudio Oliveira, chegou a fazer publicidade com a imagem de personalidades famosas.

Já em 2021, Cláudio Oliveira e sua esposa foram presos pela PF na Operação Daemon, quando vários de seus bens de luxo foram apreendidos.

Contudo, mesmo condenado a 8 anos de prisão, ele já se encontra em liberdade desde o início de 2023 voltando a ter vida pública conhecida. A condenação da CVM indica que os crimes no país não ficarão impunes, principalmente quando ofertarem produtos de valores mobiliários.



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Fundador da Solana chama Ethereum de “tirania digital burguesa”

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Anatoly Yakovenko, fundador da criptomoeda Solana, atacou sua maior rival no último domingo (1º). Para o desenvolvedor, o Ethereum nada mais é do que uma “tirania digital burguesa” devido as suas altas taxas de transação.

A ‘briga’ parece ser antiga. Ainda em maio deste ano, Vitalik Buterin, fundador do Ethereum, apareceu vestido em um traje típico de Montenegro e, ao afirmar ser Yakovenko, zombou da centralização na Solana que depende de servidores poderosos para lidar com tantas transações por segundo.

No momento desta redação, o Ethereum é a segunda maior criptomoeda do mercado, com R$ 1 trilhão em valor de mercado. Já a Solana, apensar de ser outro grande nome das ‘blockchains inteligentes’, é 20 vezes menor, com seus R$ 50 bilhões, aparecendo na 7ª posição.

Fundador da Solana diz que Ethereum é moeda de burguês

Com diversos projetos de criptomoedas do mercado, cada um deles possui seu próprio foco. Seja como for, a principal base continua apoiada em três pilares: descentralização, segurança e escalabilidade.

No caso da Solana, sua maior força é a escalabilidade, permitindo milhares de transações por segundo por taxas baixas. Sabendo disso, seu fundador, Anatoly Yakovenko, aproveitou para criticar sua maior rival, o Ethereum.

“No grande teatro da transformação econômica, o Ethereum apresenta-se não como um prenúncio de uma verdadeira revolução, mas apenas como um novo espetáculo de agitação burguesa.”

“À medida que a pequena burguesia se deleita neste carnaval digital, o rosto da opressão transforma-se subtilmente, mas a sua essência permanece inviolável, pressionando para sempre o semblante das massas trabalhadoras com uma bota, embora de um estilo diferente, mas não menos implacável e implacável”, continua Yakovenko.

O texto parece ser uma crítica tanto às taxas de transações do Ethereum, que facilmente ultrapassam os R$ 50 durante momentos de estresse da rede, bem como à centralização de seu desenvolvimento e validação dos blocos.

Yakovenko continua sua análise sobre seu rival, novamente apontando para os defeitos do Ethereum com o uso de palavras difíceis.

“Na sagrada busca por um domínio digital verdadeiramente sem Estado, em que redes de comunicação e transações irrestritas fluam perfeitamente entre o proletariado, emancipado do jugo dos intermediários capitalistas e da vigilância estatal, o mero custo da criação do Estado deveria ser trivial, ou melhor, insignificante”, comenta o fundador da Solana.

“Só quando os meios de criação digital se tornarem acessíveis e baratos, semelhantes ao próprio ar que respiramos, é que o alvorecer de um reino digital verdadeiramente descentralizado e sem Estado estará sobre nós, afastando as sombras da tirania digital burguesa que Ethereum tão subtilmente incorpora.”

Dada a complexidade das falas de Yakovenko, um de seus seguidores questiona se o texto foi escrito pelo ChatGPT. Já um segundo postou um vídeo ligado a uma propaganda do socialismo.

Seja como for, até mesmo Vitalik Buterin admite que as taxas do Ethereum deveriam ser mais baratas. Indo além, o fundador do Ethereum acredita que os nodes também devam ser otimizados, a ponto de rodarem em smartphones no futuro.



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Elon Musk chama moedas fiduciárias de golpes e indica retorno ao Bitcoin

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Elon Musk, homem mais rico do mundo, fez uma declaração polêmica no último domingo (1º) ao afirmar que as moedas fiduciárias são golpes. Nos comentários de seu tuíte, diversos investidores se mostraram esperançosos de que o bilionário voltará a investir em Bitcoin.

O magnata já teve um grande envolvimento com as criptomoedas. No início de 2021, Musk comprou US$ 1,5 bilhão em Bitcoin através da Tesla, sua empresa de veículos elétricos, bem como um montante não divulgado através da SpaceX.

No entanto, ao contrário de empresas como a MicroStrategy, a Tesla se desfez de boa parte de seus bitcoins no ano seguinte. Segundo Musk, o Bitcoin era um “show à parte” e havia uma grande preocupação sobre a liquidez da empresa após paralisações na China na época.

Elon Musk diz que moedas fiduciárias são golpes

Com mais de 600 mil visualizações em menos de 24 horas, um recente tuíte de Elon Musk criticando as moedas fiduciárias (como dólar, euro e real) já se tornou viral, chamando a atenção de investidores de criptomoedas.

“O que é um golpe tão normalizado que nem percebemos mais que é um golpe?”, questionou um perfil no Twitter.

“Moedas fiduciárias”, respondeu Elon Musk.

Apesar de seus tuítes polêmicos mexerem com o preço das criptomoedas no passado, principalmente a Dogecoin (DOGE), sua declaração passou despercebida pelos grandes investidores desta vez.

Embora o Bitcoin esteja em alta de 4% nesta segunda-feira (2), muitos atribuem a valorização a aprovação dos ETFs de futuros de Ethereum nos EUA. Já a DOGE, embora siga entre as 10 maiores criptomoedas do mercado, apresenta ganhos de apenas 1,3% no mesmo período.

Elon Musk estaria pronto para comprar mais bitcoins?

Mesmo que o tuíte de Elon Musk não tenha causado tanto efeito no mercado de imediato, sua recente afirmação mostra que o bilionário pode estar tentado a comprar Bitcoin novamente. Afinal, hoje o bitcoin é a principal alternativa às moedas fiduciárias.

O motivo disso é o modelo econômico da maior criptomoeda do mundo. Enquanto moedas fiduciárias são impressas sem limite, causando perda em seu poder de compra, o Bitcoin possui um limite máximo de 21 milhões de unidades, criando uma escassez absoluta.

Por fim, ainda que os US$ 250 bilhões (R$ 1,25 trilhão) de Musk estejam majoritariamente em ações de suas empresas e não em moedas fiduciárias, suas empresas detém grandes somas de dinheiro em seus caixas. Portanto, é possível que o bilionário tenha planos para essas quantias paradas.



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